g1 visita novo centro dos Correios e mostra caminho percorrido por encomendas internacionais

Brasil passou a ter quatro centros de tratamento com unidade inaugurada em Valinhos (SP), a primeira fora de uma capital, na terça. Reportagem mostra etapas de fiscalização e logística. g1 mostra caminho percorrido por encomendas internacionais em novo centro dos Correios
O g1 visitou o quarto Centro de Encomendas Internacionais dos Correios no Brasil, em Valinhos (SP), para mostrar o caminho percorrido pelos produtos importados na estrutura após a chegada pelo Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (SP). A etapa antecede o envio ao destinatário final.
O espaço é o primeiro fora de uma capital e irá repercutir no envio de parte das cargas que chegam ao Brasil para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), além de agilizar a logística doméstica.
🧱 Como é a estrutura?
O espaço com 44 mil m² fica na região do Macuco, às margens da Rodovia Anhanguera (SP-330), uma das principais do estado, e tem capacidade para receber até 60 mil encomendas por dia.
Apesar da inauguração na terça-feira (18), o funcionamento ocorre a partir de 24 de julho com 70 funcionários. Na primeira semana, a equipe deve trabalhar com quase 1 mil produtos por dia.
A equipe deve chegar a 120 trabalhadores até outubro, mês em que os Correios projeta receber entre 20 mil e 30 mil encomendas diariamente. Não há prazo para que a capacidade total seja efetivada.
📦 O que será recebido?
Os Correios recebem nesta unidade produtos diversificados com até 5 kg, com origem em diversos países, incluindo roupas, eletrônicos e remédios, desde que a entrada seja autorizada no Brasil.
As encomendas recebidas pelo centro são consideradas “não urgentes”, em virtude do tipo de contrato entre fornecedor e destinatário ou a modalidade da remessa. As “urgentes” continuam a chegar por Guarulhos, enquanto as da nova categoria podem chegar por outros aeroportos, incluindo Viracopos.
👮‍♂️ Ponto a ponto da fiscalização
O espaço é vigiado por uma série de câmeras e controles, mas os Correios não divulgam detalhes sobre o sistema de segurança que conta inclusive com monitoramento dos produtos via satélite.
O g1, ao percorrer o espaço, apurou que a encomenda internacional chega até uma gerência de captação, por meio de dez docas. Ela é conferida e submetida para a unidade da Receita Federal.
A Receita, durante o trabalho, usa inteligência artificial no processo de liberação dos produtos e raio X para garantia de segurança. Ela verifica ainda se a nota fiscal corresponde, de fato, ao item importado.
Os produtos também podem passar por outras fiscalizações: Anvisa, Ibama, Exército e a Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro). Com isso, se houver irregularidade, ocorre apreensão.
Depois disso, se não houver pendências, a remessa vai para uma etapa de armazém. Se houver pagamento do tributo há liberação imediata, senão ela pode ficar parada por três dias, prazo adotado para revisões de pagamentos. O prazo máximo é de 30 dias e, sem solução, há devolução do produto.
As encomendas liberadas para a região de Campinas são enviadas ao centro de distribuição em Indaiatuba (SP), ou os Correios podem usar uma rota cargueira de Viracopos para destinar a outros locais do país. Antes disso, os produtos precisam passar pelo centro de distribuição em Curitiba (PR).
Confira no vídeo acima o caminho das encomendas nos Correios
Centro de encomendas internacionais dos Correios em Valinhos
Fernando Pacífico/g1
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🧭Localização estratégica
O posto fica a cerca de 20 quilômetros do Aeroporto de Viracopos, e com fácil acesso a outras rodovias importantes de São Paulo, como a Bandeirantes (SP-348), D. Pedro I (SP-065) e Santos Dumont (SP-075). Os Correios dizem que a unidade de Valinhos vai gerar impactos em todo país.
📩 Como era anteriormente?
Antes da abertura do complexo em Valinhos existiam três unidades de Ceint, que funcionam em Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). As encomendas que chegam do exterior são encaminhadas, via terrestre, do aeroporto a um dos centros. Lá, passam por serviços de fiscalização aduaneira e depois seguem para os centros de distribuição até chegar ao destinatário final.
🌎 Haverá outras unidades no país?
Presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos afirmou que a previsão é de que mais centros de encomendas internacionais sejam instalados no país, incluindo a região Nordeste. Não há prazo.
“A ideia é que a gente construa outros. Há uma previsão de que a gente faça um no Nordeste, porque, se hoje quase 30% da nossa carga é para o Nordeste, então é muito mais racional que parte dessa carga fique diretamente no Nordeste”, destacou.
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