Dólar sobe e fecha a R$ 4,92, após novos números de emprego nos EUA; Ibovespa sobe com Vale e Petrobras

A moeda norte-americana avançou 0,42%, cotada a R$ 4,9295. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira operava em alta na última hora do pregão. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (8), após passar boa parte da sessão oscilando entre altas e baixas.
Investidores repercutiam a divulgação do relatório de emprego dos Estados Unidos conhecido como payroll, que revelou a criação de 199 mil vagas de emprego no país, acima das projeções de mercado.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta na última hora do pregão.
Veja abaixo o dia nos mercados.
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Dólar
Ao final da sessão o dólar subiu 0,42%, cotado a R$ 4,9295. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,14%, vendida a R$ 4,9089. Com o resultado de hoje, passou a acumular:
alta de 1,00% na semana;
avanço de 0,29% no mês;
recuo de 6,60% no ano.

Ibovespa
Já o Ibovespa operava em alta na última hora do pregão.
As ações da Vale e da Petrobras, empresas com maior peso na composição do índice, avançavam 0,60% e 2,40%, respectivamente, acompanhando a valorização do minério de ferro e do petróleo nos mercados internacionais,
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,31%, aos 126.010 pontos. Com o resultado, passou a acumular:
queda de 1,70% na semana;
retração de 1,04% no mês;
ganhos de 14,83% no ano.

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O principal destaque desta sexta-feira (8) ficou com os novos dados de emprego divulgados pelo payroll, nos Estados Unidos.
O documento revelou a criação de 199 mil vagas de trabalho em novembro, contra expectativa de 180 mil. O número também veio acima do resultado de outubro, quando o país gerou 150 mil novos postos.
O ganho médio do trabalhador por hora cresceu 0,4% no mês passado, em linha com as projeções. Já a taxa de desemprego ficou em 3,7%, de uma estimativa de 3,9%.
Os dados voltam a trazer atenções para a política monetária norte-americana. Isso porque o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) fica de olho nos números do mercado de trabalho do país para entender o caminhar da economia por lá e identificar os próximos passos na condução da política monetária.
Números mais fortes do que o esperado podem sinalizar uma resiliência da atividade econômica norte-americana, o que pode acabar estimulando a inflação e fazendo com que o Fed mantenha os juros elevados por mais tempo.
Já um enfraquecimento do mercado de trabalho pode abrir espaço para que o BC norte-americano já comece a visualizar a possibilidade de início do ciclo de cortes de juros já no primeiro semestre de 2024. Atualmente a taxa básica dos Estados Unidos está entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Os dados do mercado de trabalho norte-americano, no entanto, têm vindo mistos. Só nesta semana, por exemplo, o relatório ADP, também de geração de empregos, mostrou na quarta-feira que os EUA criaram 103 mil vagas no setor privado, contra uma expectativa de 130 mil novos postos.
Já na terça, o relatório Jolts registrou 8,7 milhões de vagas em aberto nos EUA, bem abaixo das expectativas do mercado, de 9,3 milhões.
Agora, as expectativas ficam pela próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que acontece na semana que vem. Nessa reunião, os dirigentes do Fed se reunião para falar sobre a política monetária no país e definirem se a instituição deve manter ou mudar a taxa básica norte-americana.
Já no Brasil, o foco também está com a próxima semana. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne no mesmo dia em que o Fomc, também para definir os rumos da Selic, taxa básica de juros brasileira.
No noticiário corporativo, ficou sob os holofotes a notícia de que o Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovou uma proposta de desdobramento de 100% das ações da companhia — o que vai atribuir uma nova ação para cada ação já emitida.
“O desdobramento ampliará a quantidade de ações emitidas sem alterar o patrimônio do BB e a participação percentual dos acionistas, e será efetivado após aprovação pela Assembleia Geral de Acionistas, observado os trâmites normativos vigentes”, comunicou o banco.