Venda de títulos do Tesouro Direto soma R$ 4 bilhões em julho

Resgates de títulos públicos somaram R$ 2,26 bilhões no mês passado. Por meio do Tesouro Direto, pessoas físicas podem comprar e vender títulos públicos pela internet. A venda de títulos públicos por meio do Tesouro Direto somou US$ 4 bilhões em julho, informou nesta sexta-feira (26) a Secretaria do Tesouro Nacional.
O montante ficou acima da média de R$ 3,3 bilhões registrada nos últimos doze meses. Essa foi a segunda vez, em 2022, que as vendas superaram a barreira dos R$ 4 bilhões. Em março, o Tesouro vendeu R$ 4,1 bilhões em papéis.
O programa, criado em janeiro de 2002, permite que pessoas físicas comprem e vendam títulos públicos pela internet.
De acordo com o Tesouro Nacional, os resgates desses títulos somaram R$ 2,26 bilhões no mês passado. Com isso, a emissão líquida, ou seja, a diferença entre o montante emitido e resgatado foi de R$ 1,74 bilhão em julho.
Demanda por títulos públicos
A alta demanda por títulos públicos acontece em um momento de alta do juro básico da economia, atualmente o maior em seis anos, o que aumenta a remuneração dos papéis ofertados pelo governo federal e, consequentemente, a atratividade para os investidores.
Os investidores também buscam os papeis do Tesouro Direto como proteção contra as perdas geradas pela inflação. Entre os títulos ofertados, há aqueles indexados ao IPCA, a inflação oficial do país, que somou 9,6% em doze meses até a prévia de agosto.
Investidores
De acordo com o Tesouro Nacional, o total de investidores ativos no Tesouro Direto, ou seja, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações, atingiu a marca de 2,03 milhões de pessoas, um aumento de 30.498 investidores no mês. Com isso, bateu recorde. A série histórica começou em 2002.
Já o número de investidores cadastrados no Programa aumentou em 535.983 em julho, com crescimento de 67,6% em relação a julho de 2021, atingindo a marca de 20,02 milhões pessoas.
Cresce número de estrangeiros investindo nos títulos do Tesouro
Volume total
Em julho, o saldo total (estoque) de títulos em mercado alcançou o valor de R$ R$ 96,45 bilhões, uma alta de 2,5% em relação ao mês anterior (R$ 94,07 bilhões).
“Os títulos remunerados por índices de preços se mantêm como os mais representativos do estoque somando R$ 51,93 bilhões, ou 53,85% do total. Na sequência, vêm os títulos indexados à taxa Selic, totalizando R$ 29,56 bilhões (30,65%), e os títulos prefixados, que somaram R$ 14,95 bilhões, com 15,51% do total”, informou o Tesouro Nacional.
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