Datafolha: brasileiro está mais pessimista com a economia

Para 49%, situação vai melhorar nos próximos meses (eram 62% em outubro). Outros 20% esperam piora (eram 13%). Há diferença de percepção entre eleitores de Lula e de Bolsonaro. Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (24) pelo jornal “Folha de S.Paulo” aponta que 49% dos entrevistados avaliam que a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses.
Na pesquisa anterior, publicada em outubro, na véspera do segundo turno da eleição presidencial, o índice era de 62%.
Para 20% dos entrevistados agora, a economia vai piorar (eram 13% em outubro).
Situação econômica do país para os próximos meses:
vai melhorar: 49% (62% na pesquisa anterior, em outubro);
vai piorar: 20% (13% na pesquisa anterior, em outubro);
ficará igual: 28% (16% na pesquisa anterior, em outubro).
O Datafolha perguntou também sobre o desempenho da economia nos últimos meses. Para 26%, a economia melhorou. Na pesquisa anterior, realizada em outubro, o índice era de 34%.
Avaliação sobre os últimos meses:
melhorou: 26% (34% na pesquisa anterior, em outubro);
piorou: 38% (42% em outubro);
igual: 35% (23% em outubro).
O levantamento foi realizado entre segunda (19) e terça-feira (20).
Eleitores de Bolsonaro x eleitores de Lula
Os dados mostram diferenças relevantes nas avaliações dos entrevistados de acordo com suas escolhas políticas. O pessimismo com o futuro aumentou, em especial, entre quem se declara eleitor do presidente Jair Bolsonaro.
No recorte eleitoral, a situação atual da economia é vista como positiva:
por 41% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PL);
por 11% dos que votaram em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No recorte eleitoral, o futuro é visto como positivo:
por 79% dos eleitores de Lula;
por 19% dos eleitores de Bolsonaro.
Entre eleitores de Bolsonaro:
45% viram melhora nos últimos meses;
38% não esperam mudanças;
37% se mostram otimistas com a sua situação econômica nos próximos meses.
Entre os que votaram em Lula:
17% viram melhora nos últimos meses;
79% estão otimistas com o futuro.
Expectativa para o futuro
A expectativa de melhora para a economia brasileira é maior entre desempregados (67%) e donas de casa (57%). Também é maior entre os mais pobres (57%) do que entre os mais ricos (18%), entre católicos (53%) do que entre evangélicos (41%) e moradores do Nordeste (64%) do que do Sul (34%).
Entre empresários, 51% dizem que sua situação econômica melhorou nos últimos meses e 52% estão otimistas com o futuro. A avaliação negativa é de 17% nos dois quesitos. Em relação ao futuro do país, 37% dizem que a economia ficará como está, 31% esperam melhora e 30%, piora.
Situação pessoal
Em relação à situação econômica do próprio entrevistado, são 31% os que veem melhora nos últimos meses (o índice era de 34% do levantamento anterior). Para 31%, no entanto, a situação piorou (o número era de 33% dois meses antes). Para 38%, ficou como estava — eram 33% em outubro.
Em relação ao futuro, a expectativa de melhora na sua situação pessoal nos próximos meses caiu de 70% para 59% em relação à pesquisa anterior. A de piora passou de 5% para 11%.