Ibovespa opera em alta nesta terça-feira, com combustíveis e emprego no radar

Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro caiu 0,08%, a 105.711 pontos. Ibovespa
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em alta nesta terça-feira (28), acompanhando o tom positivo dos mercados internacionais. Investidores ainda seguem de olho na decisão final sobre a volta da cobrança de impostos sobre combustíveis.
Às 11h19, o índice subia 0,94%, aos 106.710 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o índice teve queda de 1,67%, aos 105.798 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular perdas de 6,81% no mês e de 6,37% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
No exterior, investidores continuam atrás de sinais da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No último final de semana, por exemplo. a secretária do Tesouro dos Estados unidos, Janet Yellen, disse à Reuters que os novos dados mostrando que a inflação do país subiu inesperadamente em janeiro sinalizaram que a luta contra a inflação não é “em linha reta” e que será necessário trabalhar mais.
Juros mais altos nos Estados Unidos elevam a rentabilidade dos títulos públicos do país, que são considerados os mais seguros do mundo. Isso favorece o dólar frente a outras moedas e impacta principalmente países emergentes, como o Brasil.
Já por aqui, os olhos estão na definição a respeito dos impostos sobre combustíveis. Na segunda (27), o Ministério da Fazenda anunciou o aumento de imposto sobre os combustíveis para arrecadar R$ 28,8 bilhões neste ano, mas nenhum anúncio oficial foi feito pelo Palácio do Planalto.
A decisão passa por um acordo entre a ala econômica do governo e um grupo que tem a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, como principal representante, e que é contra retomar a tributação dos combustíveis.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne nesta terça-feira (28) com ministros do governo e o presidente da Petrobras para debater o tema. Participam do encontro o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira; e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
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Já na agenda de indicadores, o principal destaque é a divulgação dos números de desemprego no país. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa média de desemprego caiu a 9,3% em 2022, no menor patamar desde 2015. No trimestre encerrado em dezembro, por sua vez, a taxa de desocupação chegou a 7,9%.
Além disso, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) subiu 3 pontos em fevereiro, para 85,8 pontos, sendo a primeira alta em cinco meses. Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 0,5 ponto, quarta queda consecutiva.
O Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 6,7 pontos, para 86,6 pontos, primeira alta depois de quatro meses de quedas consecutivas, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) cedeu 0,8 ponto, para 85,7 pontos.
Já o Índice de Confiança de Serviços (ICS) cedeu 0,4 ponto em fevereiro, para 89,1 pontos, menor nível desde maio de 2021 (88,1 pontos). O Índice de Situação Atual (ISA-CST) caiu 2,6 pontos, para 91,0 pontos, menor nível desde março de 2022 (90,9 pontos). Os últimos resultados da confiança de serviços mostram um cenário negativo, com quedas consecutivas e disseminado entre os segmentos.
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