Ibovespa passa a subir, com fiscal e juros dos EUA em foco

Na véspera, o principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 0,80%, aos 104.700 pontos. Ibovespa
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O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, inverteu o sinal negativo visto na abertura e passou a operar em alta nesta terça-feira (7). Investidores monitoram sinais de avanço nas discussões sobre novo arcabouço fiscal e reforma tributária, além de aguardarem o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) ao Congresso americano.
Às 11h18, o Ibovespa tinha alta de 0,08%, aos 104,784 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa teve alta de 0,80%, aos 104.700 pontos. Com o resultado, o índice passou a acumular perdas de 4,37% no ano. No mês, tem variação positiva de 0,01%.
O que está mexendo com os mercados?
Atenções do dia estão no depoimento de Jerome Powell, presidente do Fed sobre política monetária ao Comitê de Assuntos Bancários, Habitacionais e Urbanos do Senado, previsto para 12h de Brasília.
Investidores continuam buscando informações sobre o próximo passo do Fed no aumento das taxas de juros dos Estados Unidos.
Enquanto isso, dados comerciais da China mostraram queda nas exportações e importações no período de janeiro a fevereiro, apontando para continuidade da fraqueza na demanda pelos produtos do país.
Entre indicadores brasileiros, o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação positiva de 0,04% em fevereiro, desacelerando ligeiramente ante a taxa de 0,06% do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O resultado ficou acima de expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,01%, e levou o índice a acumular alta de 1,53% em 12 meses.
Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a deflação nos preços ao produtor desacelerou no mês passado, mas foi compensada por um arrefecimento no ritmo de alta dos preços ao consumidor e no setor de construção, o que ajudou a manter a variação média do IGP praticamente inalterada.
Já o Indicador Antecedente de Emprego do Brasil avançou 0,8 ponto em fevereiro, a 74,7 pontos, compensando queda que havia sido registrada em janeiro, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, havia recuado 0,8 ponto no mês anterior. Apesar da recuperação do terreno perdido, o índice segue em níveis historicamente baixos, segundo a FGV.
“As expectativas de desaceleração econômica do ano têm impactado o ímpeto de contratação de pessoal ocupado das empresas, impedindo que o IAEmp volte a ganhar fôlego em 2023”, explicou Anna Carolina Gouveia, economista do Ibre/FGV.
Por fim, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), também calculado pelo Ibre/FGV, subiu 1,06% em fevereiro, o que representa uma desaceleração em relação à taxa mensal de 4,20% registrada no mês anterior. Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses passou de 10,74% em janeiro de 2023 para 8,73% em fevereiro de 2023.
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