Dólar se aproxima de R$ 5,05, ainda repercutindo o novo arcabouço fiscal

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,72%, cotada a R$ 5,0972, no menor patamar desde o início de fevereiro. Notas de dólar
pasja1000/Creative Commons
O dólar opera em queda nesta sexta-feira (31), no sexto pregão consecutivo de valorização da moeda brasileira, ainda repercutindo o novo arcabouço fiscal brasileiro.
Às 11h45, a moeda norte-americana recuava 0,55%, cotada a R$ 5,0690. Na mínima do dia, chegou a R$ 5,0616. Veja mais cotações.
Na véspera, o dólar teve queda de 0,72%, cotada a R$ 5,0972, no menor patamar desde o início de fevereiro. Com o resultado, a moeda passou a acumular perdas de 2,44% no mês e de 3,43% no ano.
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Mercado reage bem à proposta do governo para equilibrar contas públicas
O que está mexendo com os mercados?
As negociações podem sofrer volatilidade nesta sexta, pois a última sessão de março é dia de formação da Ptax, utilizada como referência para contratos futuros de abril.
A Ptax é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para a liquidação de contratos futuros. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas ou vendidas em dólar.
Os agentes de mercado ainda repercutem os detalhes do novo arcabouço fiscal brasileiro, que foi bem-visto pelo mercado, de forma geral.
O governo federal apresentou nesta quinta-feira (30) a proposta para o novo arcabouço fiscal. A reportagem do g1 consultou economistas para que avaliassem o potencial da regra fiscal em atingir seus objetivos. Os especialistas veem com bons olhos o novo marco fiscal, mas apontam alguns desafios.
“Sem entrar no tecnicismo da regra, ela tem dividido os analistas, mas nossa visão é que um limite das despesas por meio da receita passada pode ajudar a conter gastos excessivos”, disse a equipe da Guide Investimentos em nota a clientes.
Nos Estados Unidos, todos seguem de olho no rumo das taxas de juros definidas pelo Federal Reserve (Fed).
Entre os indicadores que influenciam a decisão, o Departamento de Comércio dos EUA informou nesta sexta-feira que o índice PCE de inflação subiu 0,3% no mês passado, depois de acelerar 0,6% em janeiro. Nos 12 meses até fevereiro, o PCE acumula alta de 5,0%, após 5,3% em janeiro.
Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o índice de preços do PCE subiu 0,3%, de 0,5% em janeiro. O chamado núcleo do índice de preços avançou 4,6% na comparação anual em fevereiro, de alta de 4,7% em janeiro. O Fed acompanha o índice PCE para sua meta de inflação de 2%.
Já os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,2% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam que os gastos do consumidor subiriam 0,3%.
O estresse do mercado financeiro após o recente colapso de dois bancos regionais ampliou o risco de uma recessão ainda este ano. Os bancos apertaram os padrões de empréstimo, o que pode dificultar o acesso das famílias ao crédito, pesando na demanda.
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