Dólar abre com volatilidade, com investidores de olho no crescimento brasileiro e balanços americanos

No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,24%, vendida a R$ 4,8064. Cédulas de dólar
Alexander Mils/Pexels
O dólar abriu em com volatilidade nesta terça-feira (18), oscilando entre altas e baixas, com investidores brasileiros ainda repercutindo dados de atividade econômica do país e na expectativa pelo início dos cortes nos juros. No exterior, as atenções seguem voltadas aos balanços corporativos dos Estados Unidos.
Às 09h45, a moeda norte-americana subia 0,38%, cotada a R$ 4,8248. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar fechou em alta de 0,24%, vendido a R$ 4,8064. Com o resultado, a moeda passou a acumular:
alta de 0,38% no mês;
queda de 8,93% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O dia no Brasil não conta com nenhum indicador muito relevante para os negócios, mas investidores seguem repercutindo os dados do IBC-Br divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) na véspera.
Esse indicador é considerado a prévia do PIB oficial do país e mostrou que, em maio, a atividade econômica brasileira recuou 2% na comparação com abril.
Com esse resultado, especialistas do BTG Pactual destacam que o mercado passou a precificar com mais força uma sequência de quedas na Selic, taxa básica de juros. Isso porque os juros altos encarecem os custos de tomada de crédito e financiamento e geram uma desaceleração econômica.
“Um corte de juros em agosto é visto como um evento altamente provável pelo mercado. A principal incerteza é se o Copom começará com um movimento de redução de 0,25% ou 0,50%”, comenta Luiz Calado, vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP).
No exterior, investidores seguem de olho na temporada de balanços corporativos das empresas norte-americanas, com destaque para os bancos nestes primeiros dias, que trazem uma sinalização de como anda a maior economia do mundo para as empresas.
O Bank of America reportou um lucro de US$ 7,4 bilhões no segundo trimestre deste ano, uma alta de 19% em relação ao trimestre imediatamente anterior e acima das projeções. Analistas explicam que essa alta foi impulsionada, principalmente, pelos juros americanos, que estão entre 5,00% e 5,25% ao ano. O mercado aguarda, ainda hoje, a divulgação dos números do Morgan Stanley.
Também nos Estados Unidos, os dados de vendas no varejo de maio vieram abaixo das expectativas do mercado, com uma alta de 0,2% ante 0,5% projetado.