‘Saiu toda desengonçada’, diz produtor que colheu abacaxi em formato diferente no ES; veja VÍDEO

Abacaxi foi colhido na comunidade de Córrego do Parado, em Águia Branca, no Noroeste do Espírito Santo. Especialista disse que fruta sofreu mutação genética. Abacaxi em formato diferente é colhido no ES
Um abacaxi em formato diferente chamou dos moradores da comunidade de Córrego do Parado, em Águia Branca, no Noroeste do Espírito Santo, e também nas redes sociais (assista acima). Colhida na manhã desta sexta-feira (22) pelo produtor rural Josias de Lima Menini, a fruta tem cerca de 40 centímetros, pesa 4.795 quilos e parece até um artesanato de crochê.
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“Tem gente que não acredita que é um abacaxi, quer vir aqui em casa ver. Teve gente que disse que parece um tapete. Ela saiu toda desengonçada, mas tem textura e cheiro de abacaxi”, disse Josiais.
Abacaxi em formato diferente chama atenção de moradores de Águia Branca, no Noroeste do ES
Arquivo pessoal
Segundo o produtor, ele estava cuidando da plantação de café do cunhado, que é vizinho de propriedade.
“Ele tinha uma plantação de abacaxi, que foi plantada no ano passado, mas que logo depois ele abandonou. Aí quando passei por lá, me deparei com essa fruta. Por curiosidade, peguei a fruta, trouxe embora e postei ela nas redes sociais. Agora meus amigos querem vir aqui em casa ver”, disse.
Produtor rural, Josias colheu o abacaxi no interior do ES
Arquivo pessoal
O produtor disse ainda que não teve coragem de experimentar a fruta, mas gostaria que o abacaxi fosse estudado para saber o que causou a mudança de formato, se é comestível e se tem polpa.
“Acho que é da natureza mesmo. Tudo quanto é tipo de fruta, nasce em formato diferente. Essa saiu desengonçada”, explicou.
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Mutação genética
Abacaxi em formato diferente colhido no ES pode ter sofrido uma mutação genética
Arquivo pessoal
De acordo com o pesquisador do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) José Aires Ventura, o formato diferente do abacaxi trata-se de uma mutação genética da fruta.
“Trata-se de uma fasciação do abacaxi. Essa mutação é influenciada por vários fatores, principalmente a temperatura. Com a temperatura muito alta, causa da proliferação de coroas da fruta, que vão se abrindo em formato de leque”, disse.
O pesquisador, que é fitopatologista especialista no desenvolvimento de abacaxis, disse que não é possível identificar a variedade da fruta só pela imagens.
Apesar disse, Aires explicou que variedade de abacaxi predominante no estado é o pérola, comum em Marataízes, no Sul do estado.
“O pérola é mais resistente. Mas aqui no estado também temos o Smooth Cayenne, que é aquele que era plantado antigamente. Esse é mais sensível”, disse.
Apesar do formato diferente, o pesquisador disse ainda que não há problema em comer a fruta.
“Ela só vai estar mais fibrosa. O abacaxi normal tem uma coroa só. Ao invés de uma, esse tem dezenas e as coroas são todas abertas. Além disso, ela não tem açúcar. Mas não tem problema comer”, explicou o pesquisador.
O especialista disse ainda que o formato da fruta é utilizado para enfeitar mesas de Natal.
“Fica bonito para enfeitar as mesas natalinas. Ocorre com maior frequência nesta época do ano quando a temperatura é mais elevada durante a formação do fruto”, finalizou.
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